Acompanhe o resumo do que foi dialogado no primeiro dia da Assembleia Arquidiocesana, dia 11 de fevereiro, destacando as principais reflexões e encaminhamentos pastorais.

A Pastoral da Palavra tem desempenhado um papel essencial na evangelização. Atualmente, 164 grupos de Grupos Bíblicos de Reflexão (GBR) estão ativos em 19 paróquias, alcançando cerca de 7.000 casas e 20 mil pessoas com a Palavra de Deus. Um dos destaques é o Projeto dos Pequenos Reis Magos, que uniu a catequese à pastoral, fortalecendo a formação cristã e educando novas lideranças.

Já a Pastoral da Educação tem se aproximado das escolas, levando a presença da Igreja para o ambiente escolar. No ano passado, foi realizada uma reunião com professores — ativos e não ativos — interessados em contribuir com essa pastoral. O trabalho conta com o apoio do seminarista Luciano, da Pastoral da Juventude, e dos padres Paulinho e Thiago. O convite para participar continua aberto a todos os profissionais da educação que desejam colaborar.

A Pastoral Juvenil, coordenada por Pablo e Irmã Sheron, mantém atividades voltadas para a formação dos jovens, sem transformar suas ações em meros eventos rotineiros. Neste ano, a pastoral retorna com iniciativas ligadas ao Jubileu da Esperança, trazendo reflexões sobre figuras inspiradoras como Carlos Acutis, além de outras formações espirituais.

Outro evento relevante no calendário da Igreja são as peregrinações do Ano Santo Jubilar, que ocorrerão no mês de maio, após a Páscoa. A programação inicia-se com os colaboradores da Cúria e segue com peregrinações organizadas por pastorais e foranias, permitindo que cada comunidade tenha seu momento especial. Além disso, teremos o Simpósio da Esperança que será um espaço de formação, espiritualidade e testemunho, incentivando os fiéis a ouvirem aqueles que transmitem a esperança no dia a dia.

A Sinodalidade tem sido um tema central na caminhada da Igreja. Em 2021, uma pesquisa e um questionário foram elaborados e incluídos no Diretório de Pastoral, servindo como base para consultas em paróquias, dioceses e conferências episcopais. Como resultado desse processo, Roma enviou um relatório que reforça a importância da solidariedade e do caminhar juntos.

O bispo arquidiocesano, Dom Orlando Brandes enfatiza que a sinodalidade exige mais do que eventos pontuais; é um processo contínuo de escuta, diálogo e comunhão. Ele questiona: "Será que estamos realmente ouvindo as pastorais?". Para fortalecer essa vivência, é preciso superar o individualismo e promover o diálogo entre as religiões, caminhando ao lado daqueles que professam a fé em Jesus Cristo e também acolhendo o diferente.

Outro ponto central do sínodo é a participação dos leigos e leigas na Igreja. O batismo nos torna iguais e, segundo a Teologia Batismal, somos todos profetas e pastores, com igual dignidade. O conceito de Sensus Fidei reforça que o Espírito Santo inspira todos os fiéis, e muitos dogmas nasceram dessa inspiração coletiva. A proposta é buscar uma conversação sincera com o Espírito Santo, afastando-se da intelectualização excessiva e valorizando a espiritualidade vivida no cotidiano.

Para que a sinodalidade aconteça de fato, é fundamental fortalecer os conselhos paroquiais, promovendo unidade com harmonia, como uma sinfonia bem orquestrada. A Igreja não deve caminhar sozinha, mas em comunhão com toda a comunidade.

Este primeiro dia de Assembleia Arquidiocesana reafirmou o compromisso da Igreja em ser um espaço de escuta, diálogo e comunhão. A assembleia terá continuidade nesta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, com novas discussões e aprofundamentos sobre a caminhada pastoral.

 

Imagens: PASCOM