SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Saudações aos presentes.

O 4º. domingo  do Advento que estamos celebrando hoje, coloca-nos às portas da celebração do mistério do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dentro de cinco dias, celebraremos o  Natal de Jesus.

Na primeira leitura de hoje, o profeta Miquéias que viveu no século VIII a. C. anuncia uma grande novidade que surgirá da pequenina cidade de Belém: “Tu, Belém, de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que deverá dominar em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade”. A boa notícia que o profeta anuncia não é uma boa notícia individual, é uma boa notícia para todos. O Filho de Deus veio para salvar a todos. Jesus se fez homem, igual a nós em tudo, exceto no pecado, para nos divinizar, nos fazer filhos de Deus.

No evangelho, Lucas narra o encontro das duas mães, primas entre si, Maria e Isabel. Ambas grávidas.  Maria leva no seu ventre e no seu coração, o Filho de  Deus e Isabel traz no seu seio, e também no coração,  há seis meses, João Batista, aquele que será o precursor de Jesus. É um  encontro fraterno, cheio de ternura, de parentas que querem se ajudar e que se querem bem.

Maria e Isabel são para nós, às vésperas do Natal, modelos de como devemos celebrar  o Natal de Jesus.

Maria, mesmo  escolhida para ser a Mãe do Salvador, considera-se serva do Senhor e atribui a Deus, com humildade, todas as maravilhas que por meio dela, Ele realizou em favor da humanidade.

Isabel considera-se também indigna, mas feliz, de receber a visita de Maria, não só porque veio ajudá-la, mas, sobretudo, porque Maria traz no ventre Jesus: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” Isabel louva, também, a Deus por lhe ter concedido o dom de ser mãe de João Batista, quando isso já não lhe era mais possível, devido a sua idade avançada.

O próprio Jesus, Filho de Deus, aquele que os céus não podem conter, fez-se pequenino no seio da Virgem Maria. Ele veio com humildade e  ternura ao nosso encontro.

Unidos a Maria e com os mesmos sentimentos de adoração, louvor, gratidão e alegria,  que ela expressa no Magnificat, esperemos a chegada do Menino Deus. Igualmente, imitemos a Maria no seu gesto de solidariedade para com sua prima Isabel, fazendo-nos solidários com nossos irmãos e irmãs necessitados,  através de um gesto concreto de amor.

Louva seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida-SP