6ª. Peregrinação Nacional da Família e 4º. Simpósio da Família

1º. Congresso da IAM

Saúdo  os participantes do 1º. Congresso  IAM.  Saúdo a Sra. Dra. J. Baptistine Ralamboarison, Secretária-Geral da Pontifícia Obra da Infância Missionária. Saúdo o Pe. André Luiz de Negreiros, Secretário Nacional da IAM.

Encerra-se, hoje, aqui, no Santuário, o 1º Congresso Americano da Infância e Adolescência Missionária, que está celebrando 170 anos de sua fundação. Participam deste 1º Congresso os assessores e coordenadores das Américas, num total de 700 pessoas.  As paróquias da Arquidiocese de Aparecida acolheram generosamente os participantes e tenho certeza que este 1º. Congresso da IAM vai fortalecer  a comunhão missionária entre os assessores e secretários nacionais da Obra da Infância e Adolescência Missionária. Aos participantes do 1º. Congresso Americano da Infância e Adolescência Missionária que vieram de outros países, nossos votos de uma boa viagem de regresso. Que Deus os acompanhe e Nossa Senhora os proteja. Não deixem apagar em seus corações a chama do ardor missionário que nestes dias ardeu em seus corações.

Estamos no tempo pascal e a liturgia deste tempo continua convidando-nos a celebrar com fervor e alegria a ressurreição  do Cristo ressuscitado.

Na primeira leitura de hoje, vimos Filipe, um dos sete diáconos, anunciando o evangelho aos judeus da Samaria, após ter fugido de Jerusalém por causa da perseguição que se desencadeara contra os seguidores de Jesus. Pedro e João vão a Samaria para confirmar a obra de Filipe com a imposição das mãos sobre os novos convertidos, conferindo o Espírito Santo sobre aqueles que Filipe havia batizado. Graças a perseguição da Igreja em Jerusalém, o evangelho foi levado para outros lugares, dando assim origem ao nascimento de outras Igrejas locais, expressões históricas no tempo  e no espaço do projeto de Deus  em favor da salvação de todos os povos.

Como Filipe, os apóstolos e os primeiros cristãos, nós também, hoje, somos chamados a anunciar o evangelho aos que conhecem pouco ou nada de Jesus Cristo.

O respeito a liberdade das pessoas e a tolerância não devem ser pretexto para nos acomodarmos  e deixarmos de dar o testemunho alegre de nossa fé com nosso exemplo e de  anunciar com a palavra Jesus  Cristo no mundo de hoje.

São Pedro nos adverte que “devemos estar sempre prontos a dar razão de nossa esperança, de nossa fé, a todo aquele que no-la pedir”. Devemos anunciar o evangelho e dar testemunho de nossa fé,  como escreveu São Pedro, com mansidão, respeito,  com boa consciência, isto é, fazendo o bem, sem ser agressivo, auto-suficiente, orgulhoso.

No evangelho, Jesus antes de sua partida para o Pai, garante aos seus discípulos que ele mandará o Espírito Santo que os fortalecerá e consolará ante as dificuldades  que irão enfrentar. “Eu rogarei ao Pai, e ele vos  dará outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da verdade”

Ele não nos deixará órfãos. O Espírito Santo que ele vai  enviar é o espírito da verdade, que os ajudará a aprofundar e a viver a mensagem de Jesus. Por meio do Espírito Santo, Jesus continuará sempre com sua Igreja, conosco, animando-nos na nossa peregrinação rumo à Casa do Pai. Unidos ao Espírito Santo pelo amor a Deus e ao próximo, estaremos unidos a Jesus Cristo e ao Pai.   Nisto consiste  a vida cristã: viver em comunhão com o Filho, o Pai, e o Espírito Santo.

Ontem realizou-se aqui, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida, o 4º Simpósio da Família e, hoje, com alegria, acolhemos a 6ª. Peregrinação Nacional da Família,  que tem como tema: “Família: caminhar com a luz de Cristo e a sabedoria do Evangelho.”   A Família é a primeira comunidade de pessoas e é na família  que os filhos aprendem as primeiras noções da religião, os valores humanos e cristãos,  as primeiras orações, os primeiros conhecimentos sobre Jesus Cristo e seu Evangelho.

Os desafios pastorais para a família no contexto da nova evangelização serão o tema do Sínodo Extraordinário, a realizar-se em outubro, em Roma, em preparação do Sínodo Ordinário a realizar-se em outubro de 2015. Trata-se de um único Sínodo realizado em duas etapas.

Não nos esqueçamos de rezar em nossas famílias e comunidade pelo êxito deste Sínodo tão importante para as famílias. O futuro passa pela família, como afirmou São João Paulo II. Ninguém pode substituir a família na sua missão de educadora dos filhos. O Estado tem o dever de dar à família todas as condições  para que ela cumpra sua missão como célula básica da sociedade. Muitos gastos sociais seriam poupados se se investissem mais em políticas públicas em favor da família.

Dom Raymundo Card. Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP