Saúdo, cordialmente, os religiosos da Província Mercedária do Brasil e os participantes do III Congresso Mercedário Internacional, em preparação ao Jubileu dos 800 anos da fundação da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, conhecidos como Mercedários, por São Pedro Nolasco, no século 13.

São Pedro Nolasco foi ajudado por São Raimundo de Peñafort e o objetivo da ordem era a libertação dos cativos que tinham caído prisioneiros dos árabes. Com a mudança das condições históricas, a ordem se dedica, atualmente, ao trabalho pastoral nas paróquias e no campo social, administra vários colégios e creches e atende dependentes químicos, libertando as pessoas submetidas às novas formas de escravidão.

No Brasil, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês chegou em 1693, em Belém do Pará, e em 1659, no Maranhão. Após a expulsão com outras Congregações religiosas, pelo Marquês de Pombal, os Mercedários retornaram ao Brasil em 1920, aos quais foi entregue, pelo Papa Bento XV, a Prelazia de Bom Jesus de Gurgeia, no Estado do Piauí, que foi elevada à Diocese pelo Papa João Paulo II, em 1981.

A primeira leitura do livro do Levítico descreve as festas anuais do povo judeu que tinham como objetivo reavivar em cada um a consciência de pertença a um povo e de pertença ao próprio Deus. As festas tinham um caráter religioso, comemorar as ações maravilhosas do Deus Salvador, dar graças por elas, perpetuar sua recordação, e expressar a comunhão do povo entre si e o compromisso de viver como povo de Deus na vida diária. Frequentemente, os profetas censuravam o povo de Israel quando os seus cultos se afastavam desse objetivo e se reduziam a ritos meramente exteriores e formais.

Nós cristãos não celebramos as festas do Antigo Testamento. No tempo da Igreja, a liturgia celebrada em dias fixos está toda ela impregnada pela novidade do mistério de Cristo.
A Igreja instituiu seu calendário litúrgico com suas festas para nos ajudar a celebrar e a viver a novidade da vida que Cristo nos deu com sua morte e ressurreição. Ao longo do ano litúrgico a Igreja celebra os mistérios da vida de Cristo e recorda os santos e santas, em especial, a Virgem Maria, que são para nós exemplos do seguimento de Cristo e de ajuda para nossa debilidade.

Para nós cristãos, o domingo, dia do Senhor, é dia de festa e deve ter um lugar especial na nossa vida. Para nós, é o dia da ressurreição do Senhor; é a nossa páscoa semanal, o fundamento e o núcleo de todo ano litúrgico. É um dia de descanso na semana; dia para conviver mais com a família, escutar a Palavra de Deus, participar na Eucaristia e dar graças a Deus que nos fez renascer na esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo. Na pastoral paroquial, o domingo deve merecer uma atenção especial.

A nossa vida de fé e a nossa consciência de pertença à comunidade eclesial se enfraquecem quando deixamos de participar aos domingos na Celebração Eucarística. “A Eucaristia dominical é um momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado, os fiéis devem experimentar a paróquia como família na fé e na caridade, onde mutuamente se acompanhem e se ajudem no seguimento de Cristo.” (DA 305). Hoje em dia corre-se o risco de transformar o domingo num mero dia de descanso ou num dia a mais de trabalho e de se esquecer de prestar nosso culto de louvor e agradecimento a Deus. Valorizemos, pois, o Domingo, em nossa comunidade.