SÃO JOSÉ, AMADO PELOS PAPAS

 

            O Papa Pio IX (1846-1878) proclamou São José “Patriarca da Igreja Católica” em 1870. Declarou que o culto a São José é superior aos demais santos e que ele é patrono e guarda dos povos cristãos. O Papa Leão XIII (1878-1903) ensina que precisamos confiar naquele que Deus confiou. Confiar e abandonar-se a São José. Deus quis ser considerado filho de carpinteiro. São José sustenta a família com o trabalho e a defende dos perigos.  A nossa devoção mariana impulsiona nossa devoção Josefina, pois São José testemunha a virgindade de Maria e guarda a sua pureza. Que todo filho respeite seu pai como Jesus respeitou São José.

            O Papa Pio X (1903-1914) concede indulgências para todas as ladainhas de São José. O Papa Bento XV (1914-1922) aprovou o prefácio em honra a São José e inseriu na adoração ao Santíssimo Sacramento o louvor a São José: “Bendito seja São José seu castíssimo esposo”.  O Papa Pio XI (1922-1939) confia a Rússia a São José na luta contra o ateísmo.  Ensina a superioridade de São José em relação a João Batista e a Pedro. Declara São José “pai de todos na Igreja” e que ele é onipotente na sua intercessão pois, como pai ele intercede junto a Jesus e Maria, por nós, lá no céu.

            O Papa Pio XII (1939-1958) proclamou São José Patrono dos Operários e Trabalhadores, e sua festa no dia  Primeiro  de Maio. Segundo Pio XII,  São José  cuidou da virgindade de Maria e Jesus e que o coração de Jesus palpitava de amor por seu pai a quem obedecia e ajudava no trabalho. O Papa São João XXIII (1958-1963) proclamou São José,  Padroeiro do Concílio Vaticano II, insere São José no cânon da missa, manda construir um altar a São José na Basílica Vaticano de São Pedro.  Ensina São João XXIII que São José tem lugar único entre os santos e que é concedido a ele ver, ouvir, carregar, vestir, guardar, criar Jesus. Nenhum sacerdote tem graça maior que esta dada a São José.

            O Papa Paulo VI (1963-1978) confirma São José Padroeiro do Concílio, ordena que na missa seja rezada a intercessão de São José na glória celeste da qual participaremos.  São José praticou as Bem-aventuranças e conferiu a Jesus qualificação humana e social. Mandou cunhar uma medalha com os dizeres: “Sendo Filho de Deus, Jesus  quis ser considerado filho do carpinteiro”, por ocasião dos 75 anos da Rerum Novarum. São Paulo VI enfoca a beleza da presença de São José na família e afirma que sua vida foi um holocausto. Promulgou as missas próprias de São José e um novo prefácio. Dedicou a São José várias catequeses, tanto na mensagem das quartas-feiras, como nas festas josefinas.

            São João Paulo II dedicou a São José a Exortação Apostólica Redemptoris Cristos, Guarda do Redentor , no dia 15 de agosto de 1989. É um dos Documentos Pontifícios mais completos  sobre São José. Este documento foi escrito em comemoração ao centenário da publicação da Encíclica “Quamquam Pluries” de Leão XIII, de 15 de agosto de 1889. Em nossos dias, recebemos com surpresa e gratidão, a Carta Apostólica Patris Corde, Com Coração de Pau, do Papa Francisco. Quis, nosso querido Papa Francisco, celebrar o 150º aniversário da Declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja, feita pelo Papa Pio IX, a 8  dezembro de 1870.

            Como vemos,  são  ao todo, dez  Papas que se pronunciaram a respeito de São José,  nos tempos modernos. Escreve o Papa Francisco que depois de Maria, nenhum santo ocupa tanto espaço no magistério como São José (PC, Introdução, parag. 6).

 Dom Orlando Brandes

Arcebispo de Aparecida